Quando perguntaram a Jesus quantas vezes se deveria perdoar alguém - setenta? - ele respondeu: setenta vezes sete!
Ou seja, muito mais do que imaginamos ser o ideal.
Na semana passada uma pessoa que tem ajudado o Tonho no seu caminho de cura - ela coordena um grupo de pessoas que se dedicam a abençoar, por imposição de mãos, todos que as procurarem - sugeriu que ele fizesse uma lista com 70 agradecimentos.

Setenta agradecimentos?
Sim, mas por 21 dias. 70 X 21!!!
No 1º dia foi fácil. No 2º, nem tanto. No 3º... foi preciso começar a expandir o círculo de gratidão, porque para fazer 210 agradecimentos você precisa sair de perto de você mesmo e da sua família. Começa a agradecer por coisas e pessoas de quem você nunca se lembrou nas suas orações. É o início de um crescimento!
No 5º dia fomos surpreendidos por uma hospitalização do Tonho, fora de programa. Baixou a imunidade e uma herpes apareceu muito perto do olho, com perigo de afetar a visão. A internação foi à contragosto, mas um ótimo motivo para exercitar a gratidão.
Setenta vezes por dia!
Conversamos, rimos, fizemos sudoku, e ele lia em voz alta, pra eu ouvir, o livro "As bênçãos do meu avô", da maravilhosa Rachel Naomi Remen, que é uma oncologista que aborda de uma maneira muito especial a dor e o sofrimento como partes integrantes da vida.
E enquanto eu ouvia, bordei muito!

E ele, agradeceu: 70 X 4!
Obrigada, Senhor, estamos em casa, tratamento sendo finalizado por via oral.

Talita